Uso de agrotóxicos em plantação. Disponível em: <www.pensamentoverde.com.br/wp-content/uploads/2013/09/agrotóxico.jpg> Acesso em abril. 2016
O avanço de nossa civilização trouxe consigo a utilização de diversas
substâncias sintéticas que nos auxiliam a atender nossas necessidades, mas que,
porém, causam danos ao meio ambiente; os principais poluentes estão no grupo
das substâncias orgânicas, sendo divididos em Poluentes Orgânicos Persistentes
(POPs) e Compostos Orgânicos Voláteis (COVs). É sobre seus conceitos,
características e influências no meio ambiente que trata a pesquisa de Luciano
Mende (http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAilEAK/poluentes-organicos-persistentes-compostos-organicos-volateis/. FARIAS, Luciano
Mende de. Poluentes orgânicos persistentes e compostos
orgânicos voláteis.).
Segundo Luciano Mende, existe um grupo
variado de compostos orgânicos que possuem fórmulas moleculares bem distintas, que
pelo conjunto de seus efeitos no meio ambiente, foram agrupados sob a sigla
POPs; as substâncias desse grupo são semelhantes às que compõe a vida, porém,
altamente perigosas, tendo elevada toxidade e bioacumulação (acumulação nos
tecidos); além de possuir alta capacidade de dispersão global – uma espécie de
migração planetária – que as torna um perigo para o homem e para o meio
ambiente.
Os POPs são divididos em três subgrupos, os
Pesticidas, introduzidos intencionalmente no meio ambiente com a finalidade de
controlar pragas e aumentar a produção de alimentos; os Produtos industriais
lançados intencionalmente, que são gerados pela atividade industrial e têm como
exemplo as Bifenilas policloradas e o Hexaclorobenzeno; e os Subprodutos da
manufatura, uso, ou combustão de produtos clorados, que possuem alta
estabilidade, fazendo com que seus efeitos perdurem e que possam ser largamente
dispersos antes de se decomporem, alta bioacumulação e biomagnificação. As
substâncias desse grupo são contaminantes comuns nos peixes, nos laticínios e
em outros alimentos em escala mundial, podendo interferir nos sistemas
endocrinológicos dos seres humanos e animais; 12 compostos do grupo dos POPs
foram proibidos em 2001, na convenção de Estocolmo.
O autor também fala do outro grupo de
compostos orgânicos prejudiciais ao meio ambiente, os Compostos Orgânicos
Voláteis (COVs), que são poluentes atmosféricos emitidos por automóveis,
processos industriais e até por processos metabólicos de alguns vegetais; esses
compostos, em geral, contêm
carbono e hidrogênio, que podem ser substituidos por átomos de oxigênio,
enxofre, fósforo, dentre outros. Dentro desse grupo de compostos existe uma
classe denominada “solventes clorados” composta pelo Cloro
metileno, o Cloroformio, o Tricloroetileno e o Percloroetileno, que possuem
elevada volatilidade e originam emissões COV´s.
Do ponto de vista antropogênico, os COVs se
originam nos combustíveis, produtos de proteção de superfícies, de limpeza de
metais e os utilizados em lavandarias contêm solventes que emitem quantidades
significativas de compostos orgânicos voláteis. Por conta do exacerbado uso
desses copostos, tem-se alta concentração COVs no ar, sendo praticamente
invisíveis e muito perigosos. O tratamento mais viável para esse tipo de poluição,
acontece por meio da destruição térmica, podendo ser feita de duas maneiras, a
primeira é a combustão térmica, em que a mistura de ar mais vapor de solventes
é aquecida, numa câmara de combustão, a temperaturas que podem chegar a 800º C;
a segunda maneira é a combustão catalítica, que ocorre na faixa dos 400º C com
a ajuda de um catalizador.
Sabe-se, atualmente, que é praticamente
impossível manusear substâncias POPs e COVs sem causar impactos no meio
ambiente, porém, com o incentivo à pesquisa tecnológica destinada a produção de
compostos com impacto cada vez menor, pode-se chegar ao nível mínimo desse tipo
de poluição.
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