quinta-feira, 28 de abril de 2016

SEMANA DO QUÍMICO 2016




A semana do químico acontecerá no período de 15 a 18 de junho de 2016, nas dependências da UEAP, em Macapá, sendo o primeiro dia (15 de junho) no campus II e o restante dos dias no campus I. Esse evento será realizado pela Associação Brasileira De Química, Regional do Pará e Amapá (ABQ PA/AP), com o apoio do Instituto Federal do Amapá (IFAP), Universidade do Estado do Amapá (UEAP) e Universidade Federal do Amapá (UNIFAP); tendo como tema central a “Química dos Alimentos”.

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA DO QUÍMICO

A semana do químico 2016 contará com:

·  10 Minicursos - Eletroquímica: Fundamentos e aplicações; Espectroscopia de Absorção Atômica; Como elaborar artigo; A arte de escrever ciências com arte; Análise Físico-Químicas dos Alimentos; Métodos físicos aplicados à química orgânica; Mineração da Amazônia; Os compostos químicos dos alimentos: uma relação com a saúde; O uso de ferramentas computacionais para o planejamento de fármacos; Gestão da Segurança Química em Laboratórios.
·     1 Oficina - O lúdico no ensino de química: desenvolvimento de jogos e atividades experimentais de baixo custo.
·  7 Palestras - Sistemas conversores energéticos: O caso da célula à combustível de glicerol; As Atribuições do Profissional da Química e as Ações do CRQ VI Região; Plantas aromáticas e oleaginosas da Amazônia: Contribuição ao uso sustentável; Laudato si um terremoto em nossa casa comum; Inclusão e o Ensino de Química; Segurança dos Alimentos; O que é Ciência, Afinal?.
·     3 Mesas redondas - O docente de química: Relatos de experiência dos professores recém-formados à 30 anos de carreira; Química Teórica-Computacional x Química Experimental: Desafios e Perspectivas; Formação inicial e continuada de professores de química: é preciso incluir e não inserir educação inclusiva.

Para mais informações sobre a programação, acesse:

INSCRIÇÕES E INVESTIMENTO
Quem for sócio da ABQ-Regional Amapá estará isento das taxas para a realização das atividades. Os não-sócios da ABQ estarão sujeitos às seguintes taxas:


·                INSCRIÇÃO: 25 REAIS (Palestras, mesas redondas, envio de até dois resumos expandidos e certificação do evento);
·                     MINICURSO: 20 REAIS (CADA);
·                     OFICINA: 10 REAIS.


O formulário de inscrição para a semana do químico pode ser preenchido no link abaixo:
https://fs7.formsite.com/keltonbelem/inscricaosq2016/index.html


Para mais informações, acesse:

quarta-feira, 27 de abril de 2016

COMPOSTOS ORGÂNICOS E O MEIO AMBIENTE: POPs e COVs




Uso de agrotóxicos em plantação. Disponível em: <www.pensamentoverde.com.br/wp-content/uploads/2013/09/agrotóxico.jpg> Acesso em abril. 2016
           
O avanço de nossa civilização trouxe consigo a utilização de diversas substâncias sintéticas que nos auxiliam a atender nossas necessidades, mas que, porém, causam danos ao meio ambiente; os principais poluentes estão no grupo das substâncias orgânicas, sendo divididos em Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) e Compostos Orgânicos Voláteis (COVs). É sobre seus conceitos, características e influências no meio ambiente que trata a pesquisa de Luciano Mende (http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAilEAK/poluentes-organicos-persistentes-compostos-organicos-volateis/FARIASLuciano Mende de. Poluentes orgânicos persistentes e compostos orgânicos voláteis.).
Segundo Luciano Mende, existe um grupo variado de compostos orgânicos que possuem fórmulas moleculares bem distintas, que pelo conjunto de seus efeitos no meio ambiente, foram agrupados sob a sigla POPs; as substâncias desse grupo são semelhantes às que compõe a vida, porém, altamente perigosas, tendo elevada toxidade e bioacumulação (acumulação nos tecidos); além de possuir alta capacidade de dispersão global – uma espécie de migração planetária – que as torna um perigo para o homem e para o meio ambiente.
Os POPs são divididos em três subgrupos, os Pesticidas, introduzidos intencionalmente no meio ambiente com a finalidade de controlar pragas e aumentar a produção de alimentos; os Produtos industriais lançados intencionalmente, que são gerados pela atividade industrial e têm como exemplo as Bifenilas policloradas e o Hexaclorobenzeno; e os Subprodutos da manufatura, uso, ou combustão de produtos clorados, que possuem alta estabilidade, fazendo com que seus efeitos perdurem e que possam ser largamente dispersos antes de se decomporem, alta bioacumulação e biomagnificação. As substâncias desse grupo são contaminantes comuns nos peixes, nos laticínios e em outros alimentos em escala mundial, podendo interferir nos sistemas endocrinológicos dos seres humanos e animais; 12 compostos do grupo dos POPs foram proibidos em 2001, na convenção de Estocolmo.
O autor também fala do outro grupo de compostos orgânicos prejudiciais ao meio ambiente, os Compostos Orgânicos Voláteis (COVs), que são poluentes atmosféricos emitidos por automóveis, processos industriais e até por processos metabólicos de alguns vegetais; esses compostos, em geral, contêm carbono e hidrogênio, que podem ser substituidos por átomos de oxigênio, enxofre, fósforo, dentre outros. Dentro desse grupo de compostos existe uma classe denominada “solventes clorados” composta pelo Cloro metileno, o Cloroformio, o Tricloroetileno e o Percloroetileno, que possuem elevada volatilidade e originam emissões COV´s.
Do ponto de vista antropogênico, os COVs se originam nos combustíveis, produtos de proteção de superfícies, de limpeza de metais e os utilizados em lavandarias contêm solventes que emitem quantidades significativas de compostos orgânicos voláteis. Por conta do exacerbado uso desses copostos, tem-se alta concentração COVs no ar, sendo praticamente invisíveis e muito perigosos. O tratamento mais viável para esse tipo de poluição, acontece por meio da destruição térmica, podendo ser feita de duas maneiras, a primeira é a combustão térmica, em que a mistura de ar mais vapor de solventes é aquecida, numa câmara de combustão, a temperaturas que podem chegar a 800º C; a segunda maneira é a combustão catalítica, que ocorre na faixa dos 400º C com a ajuda de um catalizador.
Sabe-se, atualmente, que é praticamente impossível manusear substâncias POPs e COVs sem causar impactos no meio ambiente, porém, com o incentivo à pesquisa tecnológica destinada a produção de compostos com impacto cada vez menor, pode-se chegar ao nível mínimo desse tipo de poluição.